sábado, 17 de outubro de 2009

Entre as leituras de blogs que fazemos rotinariamente, tenho um que sempre acesso. Uma amiga, colega de trabalho, colega de profissão, grande pessoa, que tem o blog: celiarenno.zip.net.
Estava então lendo quando vem o artigo por ela publicado:

"Diploma de jornalista?
No próximo dia 17, será lançada no congresso uma frente parlamentar para defender a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Meus coleguinhas ficam arrepiados quando eu digo minha opinião sobre isso. Eu, jornalista formada já há exatos 20 anos, pela UFJF, sou contra que se obrigue o jornalista a ter diploma. É importante tê-lo para quem quer saber mais sobre a profissão, mas não defendo a idéia de que ele seja obrigatório. A comunicação social, especialmente o jornalismo, é uma atividade intelectual. Há técnicas sim para se comunicar bem, mas o que define um bom jornalismo vai muito além da técnica: ética, respeito, sensatez, justiça... não se aprende na faculdade. Pela minha experiência, posso afirmar com tranquilidade: aprendi mais sobre a técnica em 2 semanas de treinamento na Folha de São Paulo do que em 4 anos de faculdade.
Mas minha conduta como jornalista eu trouxe de vários lugares: de minha formação, de meu caráter, minha sensibilidade....... E isso não confere diploma.
Vocês acham que para ser escritor de ficção, para se fazer cinema, para se escrever poemas, letras de música, precisa-se de diploma?
Guardadas as diferenças dos ofícios, no fundo, as coisas são muito parecidas.
É isso!

C.Rennó"


[Maria Paula Feichas] [mpfeichas@gmail.com]
Então, eu sou um (a) desses (as) coleguinhas da Celinha que ficam arrepiados (as). Entendo o posicionamento dela ao dizer que é uma profissão intelectual, que exige muito mais do que técnicas. Mas não concordo. É preciso "ordem" na função de informar a população, é preciso regulamentação, é preciso responsabilidade. E eu acredito que sem o diploma essa responsabilidade corre pelos dedos. Acredito também que o escritor, o poeta, o músico, são qualificações extras, capacidades especiais dessas pessoas (que podem ser médicos, engenheiros, bombeiros e até jornalistas...). Só acho que a tarefa de informar, além de ter técnicas, tem responsabilidade social, por isso merece ser cumprida por profissionais. Mas mesmo assim se acharem que não merecemos o diploma de jornalista, peço que tirem também do psicólogo, do relações públicas, do publicitário, do terapeuta ocupacional, enfim, de todas as profissões que podemos julgar como "intelectuais".

08/10/2009 15:05



Pois bem. Parei, pensei e duvidei de mim se faria algum comentário. Já havíamos conversado sobre o tema, eu já sabia o seu ponto de vista...
Mas aquele espaço reservado a comentários de visitanes ficou me "chamando", ficou me cutucando para escrever. Resolvi escrever. Escrevi. E agora, apenas para que vocês também participem dessa reflexão sobre a exigência - e por que não importância? - do diploma do jornalista, coloco minha resposta à amiga, colega de trabalho, colega de profissão, grande pessoa...