sexta-feira, 8 de abril de 2011

CORRI PARA ABRAÇAR AS MINHAS CRIANÇAS

Depois de acordar com a notícia daquele terrível acontecimento - que não preciso aqui contar nenhum detalhe, apenas mencionar que foi na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro - parei para pensar nas minhas crianças.

Parei para pensar onde estavam as minhas crianças?

Não digo meus filhos, porque não os tenho... Mas onde estariam as crianças que eu tenho por perto, que eu tenho carinho, que eu certamente agradeço por não estudarem naquele colégio. 

Queria abraçá-las como vi muitas mães abraçando na tv. Algumas nem eram mães, mas queriam abraçar aquela criança que estava viva, ao lado delas.

Eu queria. E consegui. Encontrei dois, dos meus cinco sobrinhos, e abracei. Abracei forte e disse: "se fosse com você, minha querida criança, não teria forças para dizer o quanto te amo. Estaria fraca de tristeza".

Não há forças que levante uma mãe, ou uma tia, de um tombo desses.

O tempo vai passar e para muitos, o assunto vai se esgotar.

Mas, para todos aqueles que correram para abraçar suas crianças, que correram para abraçar seus "brasileirinhos", o sentimento se fortaleceu.

Acredito nisso.

As minhas crianças sentiram o meu abraço!
Do atirador, do maluco, do sociopata, do esquizofrênico, eu não quero nada falar. Porque ele, Wellington Menezes de Oliveira, foi uma criança que não ganhou tantos abraços, que não deu muitos abraços...



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